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Construindo Inteligência emocional na criança

  • Foto do escritor: Francine Longhi
    Francine Longhi
  • 11 de jan.
  • 5 min de leitura


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Hoje, neste texto, vamos abordar alguns aspectos da chamada inteligência emocional que é um conceito em Psicologia que descreve a capacidade da pessoa em reconhecer e avaliar os seus próprios sentimentos e os dos outros, assim como a capacidade de lidar com eles.

 

Os aprendizados das habilidades emocionais começam no berço. A diferença entre as crianças que desenvolvem sentimentos de confiança, de otimismo perante a vida e aquelas que esperam o fracasso o pessimismo começa a se formar já nos primeiros anos de vida. Os pais precisam compreender que suas ações geram a confiança, curiosidade, o prazer de aprender e o conhecimento dos limites que ajudam as crianças a serem humanos sadios. Também, o sucesso escolar depende de inúmeros fatores emocionais que se configuram antes mesmo que a criança inicie o processo de escolarização.


Durante esses primeiros anos é quando se estabelece os princípios da inteligência emocional, embora eles continuam se modelando durante o período escolar.


O êxito escolar não tem tanto que ver com as ações da criança ou com o desenvolvimento precoce de sua capacidade intelectual como com fatores emocionais ou sociais. A maior parte dos alunos que apresentam um baixo rendimento escolar carecem de equilíbrios emocionais que em muitos casos estes desequilíbrios emocionais dificultam a área cognitiva da criança que dificultam seu aprendizado.


O rendimento escolar de uma criança depende do mais fundamental de todos os conhecimentos: Aprender a aprender.


Alguns ingredientes chaves desta capacidade fundamental é:

 

1. Confiança. Sensação de controlar e dominar o próprio corpo, a própria conduta e o próprio mundo. A sensação de que tem muitas possibilidades de sucesso no que empreenda e que os adultos podem ajudar nessa tarefa.


2. Curiosidade. A sensação de que o fato de descobrir algo é positivo e prazeroso.


3. Intencionalidade. O desejo e a capacidade de conseguir algo e de atuar em consequência. Esta habilidade está ligada a sensação e a capacidade de sentir-se competente e eficaz.


4. Autocontrole. Capacidade de modular e controlar as próprias ações na forma apropriada a sua idade é a sensação de controle interno.


5. Relação. Capacidade de se relacionar com os demais, una capacidade que se baseia no fato de compreender os outros e de ser compreendido por eles.


6. Capacidade de comunicar. O desejo e a capacidade de trocar verbalmente ideias, sentimentos e conceitos com os demais. Esta capacidade exige a confiança nos demais e o prazer de se relacionar com eles.


7. Cooperação. Capacidade de harmonizar as próprias necessidades com os demais nas atividades grupais.

 

O fato de que a criança comece o primeiro dia da escola com estas capacidades já aprendidas, depende muito dos cuidados que tenham recebido de seus pais, proporcionando a essas crianças uma vantagem de partida no desenvolvimento da vida emocional e para que sejam adultos emocionalmente equilibrados e mais satisfeitos com a vida.


Importante enfatizar que essas habilidades são adquiridas e desenvolvidas no berço da família, na educação que receberam dos pais desde que nasceram. O papel da escola e escolarizar. A educação emocional e adaptativa da criança e de responsabilidade da família.

 

Foi descrito até agora como auxiliar a criança a adquirir capacidades emocionais saudáveis e que lhe ajudem a ser um adulto saudável, e de como essa capacidade está diretamente relacionada aos cuidados que receberam dos pais ainda quando bebês. Mas como se dá isso na prática?

 

Suponhamos que por exemplo um bebe de 2 meses de idade se desperta as 3 da madrugada e começa a chorar, imaginemos também que vem sua mãe e que durante meia hora o bebe se alimenta feliz em seus braços enquanto a mãe olha e toque seu bebe com afeto, mostrando o contente que está de ver seu bebe mesmo no meio da noite, logo o bebe, satisfeito com o amor de sua mãe volta a dormir.


Agora suponhamos que outro bebe também de 2 meses de idade, se desperta chorando no meio da noite porem que neste caso sua mãe o acolhe de maneira tensa e irritada, uma mãe que acabava de conciliar seu sono depois de uma briga com o marido. No mesmo momento que a mãe pega seu bebe de forma brusca e lhe diz: Cala! Não posso perder o tempo contigo. Acabamos com isso o quanto antes, estou cansada…. O bebe começa a ficar tenso, e logo, enquanto esta mamando sua mãe lhe olha com indiferença sem prestar atenção em seu bebe, porque esta se lembrando da briga que teve com o marido ou dos tantos problemas que tem que enfrentar em sua vida diária.... e assim essa mãe vai se inquietando cada vez mais.


 O bebe sentindo sua inquietação, se contrai e deixa de mamar, chora e sua mãe irritada o deixa no berço até que se acalme e exausto termina dormindo.


Esses são dois exemplos de tipos de interação que quando se repetem uma e outra vez terminam por inculcar no bebe sentimentos muito diferentes sobre si mesmo e sobre as pessoas que o rodeiam.


No primeiro caso, o bebe aprende que as pessoas percebem suas necessidades, e incluso podem ajudá-lo a satisfazê-lo… enquanto que no segundo ao contrário, o bebe aprende que ninguém cuida realmente dele, que não pode contar com os demais e que todos seus esforços terminam fracassando.


Desta forma, é assim que os pais dão de maneira consciente o inconsciente umas lições emocionais importantíssimas que ativa a sensação de seguridade, eficácia e o grau de dependência que esse bebe, essa criança vai desenvolver ao longo de sua vida.


Este aprendizado emocional se inicia nos primeiros momentos da vida e prossegue ao longo de toda a infância.


Toda a interação que tem lugar entre os pais e os filos acontecem em um contexto emocional e a reiteração de esse tipo de mensagens ao longo dos anos acaba determinando os alicerces das atitudes e das capacidades emocionais da criança.


Durante os três ou quatro primeiros anos de vida é onde o aprendizado, em especial o aprendizado emocional, se desenvolve de forma mais rápida que as demais épocas. É por isso que as lesões graves que se produzem durante este período podem terminar por ferir os centros de aprendizado do cérebro e afetar ao intelecto. Desta forma, as lições emocionais aprendidas durante os primeiros quatro anos de vida são extraordinariamente importantes.


Uma criança que não possa se concentrar, uma criança desconfiada em lugar de confiado, uma criança triste e irritada em lugar de otimista e feliz, uma criança destrutiva em lugar de respeitoso, uma criança que se sente transbordar pela ansiedade, preocupado por fantasias assustadoras e infeliz consigo mesmo, tem pouca possibilidade de aproveitar as oportunidades que oferecem o mundo.

 

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Psicóloga Francine Longhi - 2025

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