Desenvolvimento Humano - como nos tornamos humanos
- Francine Longhi
- 18 de jan.
- 3 min de leitura

O desenvolvimento Humano engloba aspectos da vida humana e de nosso desenvolvimento pessoal, como são os sentimentos, o comportamento, nossos conflitos, angustias existenciais, nossos questionamentos sobre o sentido da nossa vida, sobre o que nos move a acordar cada manhã. Ou seja, tudo aquilo que faz parte do ser humano e do seu existir.
O humano é o único ser vivo que nasce totalmente dependente do outro, para que ele possa sobreviver e se tornar humano ele necessita do cuidado, do olhar, do afeto e do amor do outro. Nós, humanos não nascemos “pronto” como acontece com os animais por exemplo que se guia pelo Instinto, instinto que é esse impulso natural que o animal tem de executar atos adequados as necessidades de sobrevivência própria. Ninguém ensina o animal como ele tem que fazer para sobreviver, ela nasce naturalmente sabendo é nato. Ou seja, não nascemos com instinto, temos que aprender a conviver em sociedade, precisamos que alguém nos ensine como estar no mundo, como funciona a cultura, como devemos nos comportar. Além disso, quando nascemos necessitamos de alguém que nos cuide, que nos alimente, que nos limpe, que nos mostre as coisas, que fale sobre elas. que nos dê sentindo, que se interesse por nós. É esse amor e esse cuidado desse outro, que na maioria das vezes é representado pelos pais, principalmente pela mãe nos primeiros meses de vida, que precisa nos adotar como filhos e nos transmitir o que vem da cultura.
O bebe quando nasce, se não tiver este cuidado, ele não sobrevive, se não tiver alguém que aposte nele como sujeito e que transmita a cultura e os costumes, ele não se humaniza. Acho que vocês já ouviram falar da História do tarzan, não é mesmo? então, o tarzan é um bom exemplo disso, o tarzan foi criado por macacos e ele se comportava como um macaco, falava a linguagem dos macacos, pois foi assim que ele aprendeu através da identificação com quem cuidou dele.
Então, o bebe humano precisa que alguém, um outro, introduza ele na cultura, na linguagem, nos costumes, que possa ensinar, mostrar, conduzir esse bebê a se tornar humano e ao mesmo tempo dar abertura, dar espaço para que ele, com essas referencias recebidas, possa por ele mesmo buscar maneiras próprias e subjetivas de estar no mundo.
Durante esse percorrido onde estamos sendo inserido na cultura, nem sempre se dá da melhor forma, ocorre muitas situações em que se sofre muito com certos acontecimentos, pode ser uma crianças que não foi desejada, que não teve alguém por ela, pode ter havido a morte de alguém importante no meio desse percorrido, alguma humilhação que possa ter sofrido, enfim muitas coisas podem acontecer... que deixam traços, que deixam marcas muito dolorosas.
Assim é o processo da humanização, é pela interação com os Outros que é constituída a subjetividade da pessoas. São essas referencias que recebemos, essa herança que foi transmitida, essas marcas dolorosas é que vão conduzir, vão direcionar, a vida da pessoa, suas emoções, seus comportamentos, seus conflitos, seus sofrimentos, angustias, desejos. Somos aquilo que herdamos, somos aquilo que aprendemos, somos nossas marcas.
E é diante de tudo isso que precisamos aprender a lidar, da melhor forma que podemos, para que consigamos nos manter lúcidos diante da vida e ainda encontrar sentido nela.
Mesmo diante dessas influências, cada um de nós tem a capacidade de fazer escolhas subjetivas e construtivas. Podemos transformar as experiências que recebemos em algo positivo e criativo. O que realmente importa não é o que fizeram conosco, mas sim o que fazemos com aquilo que nos aconteceu.
Dessa forma, podemos construir uma vida mais significativa e autêntica, aproveitando as oportunidades de crescimento e transformação que surgem ao longo do caminho.






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